sábado, 7 de dezembro de 2013

Carta ao amigos João -“Bodas de Prata“ do Grupo Dramático


HOMENAGEM

Amigo, aqui me tens novamente, a recordar as coisas boas a que assistimos na nossa terra e das quais ainda hoje restam raízes através da célebre peça teatral de autoria de Serafim Lopes, pela qual ficamos conhecidos como sendo os da terra do Caldo e Broa.
Hoje, caro João, apresento-te mais um caso que demonstra que esta peça nem sempre é sinónimo de brejeirice. Destaco, então, uma passagem em que duas personagens se encontram e travam o diálogo que se segue.   
Infelizmente, este S. Mamede, apesar de todas as saudades e desgostos, tem por força da nomenclatura, de estar sempre “ IN FESTA “

Nesse ano de então, houve as “Bodas de Prata“ do Grupo Dramático, que foi uma festa de arromba! O tesoureiro, depois das bodas de prata dos bombeiros, não falando nos bodos, que compreende a cada boda, e que foi uma festa para os pobres, depois, no campo de futebol, a Festa de despedida do Barbosa e do Regado, regada no final por lauto copo de água. Houve, ainda, as Festas do Menino, a comunhão, etc. etc.. Mas a mais significava de todas de todas foi, sem dúvida, a Festa de homenagem ao benemérito, sr. Francisco Marques Pinto! E o personagem que ao lado se encontrava comentou:
Tudo isso foi justo e lindo, mas junta-se o personagem planeta destruidor estão bonzinhos... vou melhor! Graças ao Quim da Farmácia! Mas nesta maneira de ser muito nossa de ver as coisas, porque não se pensou ainda, homenagear a memória de um mamedense ilustre, que legou parte da sua fortuna ás criancinhas das escolas? Porque se tem esquecido esse Homem que se chamou Manuel António Santos Dias...?!
Era lição de justiça e gratidão, e tenho certeza que toda a gente, o povo humilde pelo menos, responderia à chamada, sinceramente, de coração nas mãos. E voltando-se para o público, diz assim:

Ó povo desta terra
O sentimento em pé
Responde em Alta Voz
SALVÉ

E se isto não bastasse, a sensibilidade do autor tornar-se-ia inquestionável atentos os versos que se seguem:

  S. Mamede está “IN” FESTA
    
Está S. Mamede em festa e sua gente
Na serena honradez do labutar…
Passa a vida a sorrir e a cantar
Põe S. Mamede “In” Festa, eternamente

Não há torrão ao sol que mais encante
E as belezas sem par que tu encerras
Hão- de encontrar poeta que as conte….
E o povo te alevante
À mais linda das terras…

S. Mamede de Infesta
Oh terra do nosso ideal
Alguém ilustre - já morto  –
Te chamou “Sintra do Porto”
- jardim de Portugal
        

Custóias, 29 Novembro de 2013           


José Mendonça

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