Pintado por imensos pintores, dos
quais destaco Agostinho Salgado, António Carneiro e Artur Loureiro, este rio
também inspirou poetas. São disso exemplo os poemas que se seguem, da autoria
de António Nobre, o « Só » e de António Correia de Oliveira:
O Rio doce! Túnel de água e de arvoredo!
Por onde Anto vogava em o wagon de um bote…
E, ao sol do meio-dia, os banhos em pelote
Quando íamos nadar, á Ponte de Tavares!
Tudo se foi! Espuma em flocos pelos ares!
Tudo se foi…
António Nobre
Ir, pelas tardes, até à fonte
Ver as pequenas a encher e a rir,
E ver entre elas o Zé da Ponte
Um pouco torto, quase a cair
António
Nobre
Ó águas do rio Leça!
Lanchas da Póvoa e da Foz!
No teu rimar de ambos nós,
Quem dirá onde começa
Tua voz e minha voz?!
António
Correia de Oliveira
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